Desde que Galileu Galilei apontou sua luneta para o céu em 1609, a exploração dos objetos do céu profundo — como galáxias, nebulosas e aglomerados estelares — tem revelado a vastidão do universo. No século XVIII, Charles Messier compilou um catálogo com mais de 100 desses objetos, tentando evitar confundi-los com cometas. Pouco depois, William Herschel aprofundou esses estudos, descobrindo milhares de novos objetos e até o planeta Úrano. No século XIX, William Parsons desenhou detalhes impressionantes de nebulosas espirais, e John Louis Emil Dreyer reuniu mais de 7.000 objetos no New General Catalogue (NGC), ainda usado hoje. Já no século XX, Edwin Hubble revolucionou a astronomia ao provar que muitas dessas “nebulosas” eram galáxias fora da Via Láctea, mostrando que o universo era muito maior do que se imaginava. Com o Telescópio Espacial Hubble (1990), pudemos observar com clareza incomparável mil milhões de anos-luz além. Agora, o Telescópio Espacial James Webb (2021) vai ainda mais longe, captando a luz das primeiras galáxias e revelando a história do cosmos com detalhes nunca antes vistos.
Neste contexto os alunos das turmas, 7º 3, 7º 6 e 7º 7, apresentam trabalhos, realizados na disciplina de Físico-Química, que estarão expostos no hall de entrada, no bloco norte, de 6 a 15 de maio.
Elisabete Perestrelo
O poeta Luís de Camões, em ”Os Lusíadas”, não apenas celebra os feitos heróicos dos portugueses, mas também demonstra profundo conhecimento da ciência de sua época — incluindo a astronomia. Ao narrar as viagens marítimas de Vasco da Gama, Camões recorre constantemente aos astros para marcar o tempo, orientar os navegadores e exaltar a grandiosidade do universo. Ele menciona constelações como o Cruzeiro do Sul, descreve eclipses e o movimento dos planetas. A astronomia, em ”Os Lusíadas”, não é apenas um recurso técnico, mas também simbólico: representa a ordem do cosmos, a busca pelo conhecimento e o lugar de Portugal no cenário universal. Assim, Camões une poesia, ciência e patriotismo em uma obra que olha tanto para os mares quanto para as estrelas.
Nestes 500 anos de aniversário do nascimento de Luís de Camões, os alunos da turma 9º 7, apresentam algumas passagens da obra ”Os Lusíadas”, relacionadas com a astronomia, na disciplina de Físico-Química, que estarão expostas no hall de entrada, do bloco Norte, de 6 a 15 de maio.
Pela Professora:
Elisabete Perestrelo